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Contrato de Aprendizagem: A Porta de Entrada para o Mercado de Trabalho

Não quero receber uma herança. O que devo fazer?

Você sabia que o contrato de aprendizagem pode ser uma das melhores formas de jovens iniciarem sua carreira profissional? Se você tem entre 14 e 24 anos e está em busca de uma oportunidade para entrar no mercado de trabalho, ou conhece alguém nessa situação, vale a pena entender como funciona essa modalidade especial de trabalho. Neste artigo, vamos explorar de forma prática e direta como o contrato de aprendizagem pode transformar vidas e quais são as regras previstas na legislação.

O que é o Contrato de Aprendizagem?

O contrato de aprendizagem é um contrato especial, ou seja, tem regras específicas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele é voltado para jovens entre 14 e 24 anos que buscam não apenas experiência profissional, mas também formação técnico-profissional metódica.

Funciona assim: o empregador se compromete a garantir a formação teórica e prática do aprendiz, sempre respeitando o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Em troca, o jovem deve se dedicar com zelo e responsabilidade às tarefas necessárias para sua formação.

Regras Importantes: Como Funciona na Prática?

  • Anotação na CTPS: Assim que o contrato for firmado, ele deve ser registrado na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
  • Duração do Contrato: O contrato não pode ultrapassar 2 anos, exceto para aprendizes com deficiência.
  • Idade Máxima Flexível: A idade limite de 24 anos não se aplica para aprendizes com deficiência.
  • Formação Teórico-Prática: A formação é estruturada em atividades metodicamente organizadas, com complexidade progressiva. O jovem passa por experiências teóricas e práticas, para se desenvolver de forma completa no ambiente de trabalho.

Exemplo prático:

Ana, uma jovem de 17 anos, conseguiu uma vaga de aprendiz em uma loja de roupas. Lá, além de aprender sobre atendimento ao cliente, também participa de cursos de marketing promovidos pela empresa. Esse aprendizado teórico e prático não só aprimora suas habilidades profissionais como também abre portas para novas oportunidades no futuro!

Quem Pode Ser Contratado?

Além dos jovens estudantes, empresas podem direcionar oportunidades para aprendizes em situações mais específicas, como:

  • Usuários do Sistema Socioeducativo (Sinase): Isso permite que adolescentes que cumprem medidas socioeducativas tenham uma nova chance por meio da aprendizagem.
  • Usuários do Sistema de Políticas sobre Drogas (SISNAD): A reintegração social é essencial, e o contrato de aprendizagem pode ser uma ferramenta de transformação para esses jovens.

E os Direitos do Aprendiz?

O aprendiz tem direito a:

  • Salário mínimo-hora, garantido por lei, exceto se houver alguma condição mais favorável no contrato.
  • Jornada máxima de 6 horas diárias, sem possibilidade de prorrogação ou compensação. Se o jovem já tiver concluído o ensino fundamental, a jornada pode ser estendida para 8 horas, desde que inclua as horas de aprendizagem teórica.

Exemplo prático:

João, de 18 anos, é aprendiz em uma oficina mecânica e estuda à noite. Como ele já concluiu o ensino fundamental, sua jornada foi ampliada para 8 horas diárias, mas parte desse tempo é dedicada a cursos técnicos oferecidos pela própria empresa.

Qual o Papel das Empresas?

As empresas com funções que exigem formação profissional são obrigadas a contratar entre 5% e 15% de aprendizes em relação ao total de funcionários. Isso não é apenas uma exigência legal, mas também uma forma de investir no futuro desses jovens e contribuir com a sociedade.

Há algumas flexibilidades para empresas que atuam em setores específicos, como construção e eventos esportivos, que podem destinar até 10% das vagas para atividades ligadas ao esporte ou infraestrutura.

E Se Não Houver Cursos Disponíveis?

Nem sempre os Serviços Nacionais de Aprendizagem têm cursos suficientes para atender toda a demanda. Nesse caso, a formação pode ser oferecida por outras entidades qualificadas, como escolas técnicas e ONGs que trabalham com educação profissional.

Quando o Contrato Pode Ser Encerrado?

O contrato de aprendizagem termina automaticamente quando o jovem:

  • Completa 24 anos (salvo se for deficiente);
  • Finaliza o período de até 2 anos de contrato;
  • Ou em casos específicos, como:
  1. Desempenho insuficiente ou falta de adaptação (exceto se o aprendiz com deficiência não tiver recebido os recursos necessários);
  2. Faltas graves cometidas pelo aprendiz;
  3. Abandono escolar, se isso causar a perda do ano letivo;
  4. Pedido de desligamento pelo próprio aprendiz.

Exemplo prático:

Carlos, de 16 anos, foi desligado de seu programa de aprendizagem por faltar repetidamente à escola e acabar perdendo o ano letivo. Nesse caso, a empresa precisou encerrar o contrato para cumprir a legislação.

Oportunidades que Transformam

O contrato de aprendizagem não é apenas uma forma de cumprir a lei, mas uma oportunidade de transformar vidas. Ele oferece aos jovens a chance de adquirir conhecimento, disciplina e experiência prática, abrindo portas para o futuro. Além disso, permite que empresas atuem de forma socialmente responsável, ajudando na formação de uma nova geração de profissionais.

Então, que tal aproveitar essa oportunidade ou indicar para alguém que está começando a carreira? O contrato de aprendizagem pode ser o primeiro passo para uma trajetória de sucesso!

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