Anualmente são realizados reajustes nos benefícios do INSS e, com isso, os valores das contribuições também sofrem alterações.
Isso acontece em razão do aumento no valor do salário-mínimo e no INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Assim, você que contribui com à Previdência, me acompanhe até o fim deste artigo para saber quanto será descontado/ recolhido de INSS neste ano!
Como são feitas as contribuições para o INSS?
Basicamente, o INSS é o órgão responsável por pagar as aposentadorias e vários benefícios aos contribuintes.
No sistema previdenciário brasileiro, existem diferentes maneiras para você contribuir para a Previdência Social e assim ter direito aos benefícios, auxílios e aposentadorias.
Para ficar mais fácil de entender, imagine que a Previdência é uma forma de “seguro público”, na qual oferece uma proteção a quem filia-se à ela.
Essa filiação acontece quando é realizada a contribuição ao INSS. Assim, no Regime Geral da Previdência Social (RGPS) existem duas categorias de contribuintes: os segurados obrigatórios e os facultativos.
Segurados obrigatórios
Para ficar mais fácil de entender melhor, os segurados obrigatórios são aqueles trabalhadores que exercem algum tipo de atividade remunerada.
Ou seja, ao receber remuneração pelo serviço prestado, este tipo de segurado é obrigado a contribuir para a Previdência Social.
São exemplos de segurados obrigatórios:
- Empregados CLT.
- Trabalhador Avulso;
- Empregado doméstico;
- Contribuinte Individual;
- MEI
É importante que você saiba que as contribuições destes trabalhadores não são as mesmas!
Empregados CLT, empregados domésticos e trabalhadores avulsos
O valor de contribuição destes trabalhadores varia conforme o seu salário. O INSS determina uma porcentagem com base na faixa salarial de cada trabalhador que mostrarei mais adiante.
Se você tem a carteira assinada, é empregado doméstico ou trabalhador avulso, o repasse das suas contribuições é realizado de forma direta na sua folha de pagamento, sendo de inteira responsabilidade do empregador.
Os trabalhadores que têm carteira assinada, conhecidos como CLT ou celetistas, são segurados obrigatórios da Previdência Social.
Se você tem a carteira assinada, o repasse das suas contribuições é de inteira responsabilidade da empresa/empregador.
Contribuinte individual
O contribuinte individual, mais conhecido como autônomo, é o profissional que presta serviços para pessoas ou empresas por um tempo específico, mas sem vínculo de emprego.
A contribuição destes profissionais é realidade através de uma Guia da Previdência Social, com alíquotas de 11% ou 20% com base em sua remuneração.
MEI
MEI é a sigla para microempreendedor individual. É um modelo de empresa administrado por um pequeno empresário autônomo.
No que diz a forma de contribuição do MEI, você precisa saber que a alíquota do microempreendor será diferente: será de 5% sobre o valor do salário-mínimo.
Segurados Facultativos
Diferentemente do obrigatórios, os segurados facultativos não exercem atividade remunerada.
Em razão disso, não são obrigados a filiarem-se à Previdência Social. Entretanto, essas pessoas que desejam ser protegidos pelos benefícios, podem realizar as suas contribuições e, consequentemente, terem direito às aposentadorias, auxílios e pensões.
Com isso, os segurados facultativos contribuem de forma voluntária, como no caso dos estudantes e pessoas desempregadas, por exemplo.
Existem três alíquotas em que o segurado facultativo poderá optar na hora de contribuir com à Previdência:
- 20% entre o salário-mínimo e o teto do INSS;
- 11% sobre o mínimo;
- 5% sobre o mínimo (somente para segurados facultativos).
Agora que você já entendeu como funciona a contribuição dos segurados obrigatórios e facultativos do INSS, confira quanto você que recolher em 2023.
Reajustes no INSS em 2023
Em 2023, os valores do salário-mínimo e do Teto do INSS ficaram assim:
- Salário-mínimo: R$ 1.320,00
- Teto do INSS: R$ 7.507,49
A partir de 2023, esses serão o novos valores que começarão a valer.
O índice de reajuste este ano ficou em torno de 6%. E é importante saber disso porque as mudanças no salário-mínimo impactam também os valores no INSS.
De forma mais prática, um beneficiário que recebe um salário-mínimo, terá como renda o valor de R$ 1.320,00 em 2023.
Além disso, os reajustes também influenciam nos valores das contribuições. Confira!
Tabelas de contribuições do INSS 2023
Após saber sobre os segurados e os reajustes em 2023, acompanhe as tabelas de alíquota que os segurados recolherão neste ano.
1. Empregados CLT, domésticos e avulsos
| Faixa Salarial | Alíquota | Alíquota Efetiva |
| Até R$ 1.302,00 | 7,5% | 7,5% |
| Entre R$ 1.302,01 até R$ 2.571,29 | 9% | 7,5% a 8,25% |
| De R$ 2.571,30 até R$3.856,94 | 12% | 8,25% a 9,5% |
| De R$ 3.856,95 até R$ 7.507,49 (Teto do INSS) | 14% | 9,5% a 11,69% |
2. Autônomos, MEI e facultativos
| Segurado | Alíquota | Valor |
| Contribuinte Individual | 20% ou 11% | 20% entre R$ 1.320,00 (mínimo) e R$7.507,49 (Teto do INSS) 11%= R$ 145,22 |
| MEI | 5% ou 20% (complementação facultativa) | 5%= R$ 66,00 20%=R$ 264,00 |
| Segurado facultativo | 20% ou 11% ou 5% (baixa-renda) | 20% entre R$ 1.302,00 (mínimo) e R$7.507,49(Teto do INSS) 11%= R$ 145,22 5%=R$ 66,00 |
Quando começa a valer as novas contribuições do INSS em 2023?
Além das mudanças referentes às regras das aposentadorias as alterações nos valores dos benefícios e das contribuições chegam no início de 2023.
Assim, as novas contribuições com os valores reajustados iniciam na competência fevereiro de 2023.
Conclusão
Agora você já sabe tudo sobre os novos valores do INSS, bem como quanto irá recolher a partir desse ano.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com algum contato ou conhecido que também precise saber disso!
